Aceito e assisto nesta noite
que não quero que tenha fim
à germinação
e ao nascer dos frutos
de uma antiga solidão
Fecundou-a o silêncio e a penumbra
de uma certa atmosfera
repleta de nada e de coisa nenhuma
Caminho pelas ruas íngremes
da meia-noite
Desço a ladeira desta noite inteira
calçada com os cristais
da minha pele toda
Recolho o vácuo
Encho o meu cesto de rendições
e acaricio sem querer
os filhos e os frutos
desta velha solidão
que agora é mãe e árvore
e sempre foi minha ancestral
E amanhã
arderão os filhos e os frutos
sob o fogo do sol
Se a manhã quiser.
Amei! Maravilhoso seu poema! Joaquim, topa participar do blog Segunda-Feira Poética. Gostaria de publicar esse poema lá. Eu incluo crédito e link da página do autor. Eu incluirei novas publicações na próxima segunda-feira. Por isso, preciso de um retorno urgente. Para conhecer o blog, acesse. bit.ly/segundaspoeticas
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