Na busca de uma provisória eternidade
Vasculhamos os frutos podres de cada dia
Sacudimos os ombros das coisas
Esprememos os gomos da vida
Temos ânsia
Temos sede
Temos seca a nossa sorte
E em nome da sede
Nos armamos de paralíticas ilusões
Vamos aos templos
Vamos às guerras
Vamos às bruxas
Vamos às luas
Queremos água
Queremos seiva
Queremos o suco vivo da vida
E apesar da sede
Acreditamos no love for ever
Somos unidos - é a sede que nos une
Somos irmãos - até onde a sede permite
Apesar da sede
Bendizemos essa sede maldita
E quando já estamos acostumados com a sede
Há o erro da células
O descomeço
E o fim da sede.
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