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sábado, 21 de novembro de 2015

Biografia



Na busca de uma provisória eternidade
Vasculhamos os frutos podres de cada dia
Sacudimos os ombros das coisas
Esprememos os gomos da vida

Temos ânsia

Temos sede
Temos seca a nossa sorte

E em nome da sede

Nos armamos de paralíticas ilusões
Vamos aos templos
Vamos às guerras
Vamos às bruxas
Vamos às luas

Queremos água

Queremos seiva
Queremos o suco vivo da vida

E apesar da sede

Acreditamos no love for ever
Somos unidos - é a sede que nos une
Somos irmãos - até onde a sede permite
Apesar da sede 
Bendizemos essa sede maldita

E quando já estamos acostumados com a sede

Há o erro da células
O descomeço 
E o fim da sede.


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