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domingo, 12 de julho de 2015

Soluços e soluções


Trago
a mágoa que trago
Pago o preço e divago
Julgo que não mereço
e indago
Indago e vago no lago mago do meu presente
Afago o berço louco da minha mente
Esmago o terço ôco de quem não sente.

Canto
o canto tonto dos sonhos
Conto
os desencantos
São quantos?
São tantos
São prantos
São mantos medonhos.

Procuro sentido
e não acho
No escuro acendido o facho
o facho da fêmea e do macho.

Salva-me a poesia
que me recria e me guia
e o poema que alivia
o dilema e a agonia.


Besançon, 18 de Fevereiro de 1997

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