Escolhi as ruas mais escuras da cidade
Olhei as folhas
E o verde traído pela escuridão
Desviei-me dos buracos de terra batida
Buscava os espectadores ideais
para a minha angústia
Queria o que não pode ver
Não queria que me vissem
Quando cheguei ao meu destino
Doei as minhas lágrimas
Ao arvoredo silencioso e quieto
Entreguei-as à irracionalidade
da vegetação pacífica
Ofereci-as às sombras
dos que não têm tempo
para me escutar
Chorei na montanha
Longe
Muito longe dos homens.
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