Procura-se uma alma
sem roupa sem cor sem forma
que fugiu de um corpo magro e sem calma.
Já que ninguém me informa
Vou eu
Um corpo sem eu e sem alma
à procura da minha alma.
Passeei pelas avenidas de mim mesmo
Pisei o solo onde germinam as lágrimas
Estive na maternidade dos meus gritos
E não avistei a minha alma.
Não vejo asfalto
Não ouço ruídos
Não percebo o rumo
É uma viagem sem caminho
É um mergulho num corpo sozinho.
Nenhum sinal
Nenhuma marca
Ninguém
Nada
Silêncio
É a morte.
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Ecos de uma voz
Uma gargalhada?
Uma conversa?
O grito de um tropeço?
Peguei o atalho
Segui o ouvido
Agora reconheço.
É um choro
É uma birra
É uma criança assustada
De cabelos claros e rosto comprido
Sou eu
É minha alma.
Fantástico, meu caro amigo Joaquim. Há muito não visitava seu Site. E, digo mais, é bom saber que o amigo não mudou - só cresceu. Parabéns pelo belo/triste texto. Para ratificar o que disse acima, deixo este breve pensamento: O ser humano, o ser sensível não é considerado importante. Os valores são puramente consumistas e o que não se pode comprar ou vender é relegado a um plano secundário.
ResponderExcluirÉ assim que eu vejo as coisas e não posso concordar e muito menos participar.
Amigo Gheramer
ResponderExcluirConcordo plenamente com vc. Obrigado mais uma vez pela sua gentileza.
Um grande abraço
É sempre muito bom ler bons texto e grandes reflexões.
ResponderExcluirAbração Joaquim!