.

domingo, 29 de novembro de 2015
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
sábado, 21 de novembro de 2015
Biografia
Na busca de uma provisória eternidade
Vasculhamos os frutos podres de cada dia
Sacudimos os ombros das coisas
Esprememos os gomos da vida
Temos ânsia
Temos sede
Temos seca a nossa sorte
E em nome da sede
Nos armamos de paralíticas ilusões
Vamos aos templos
Vamos às guerras
Vamos às bruxas
Vamos às luas
Queremos água
Queremos seiva
Queremos o suco vivo da vida
E apesar da sede
Acreditamos no love for ever
Somos unidos - é a sede que nos une
Somos irmãos - até onde a sede permite
Apesar da sede
Bendizemos essa sede maldita
E quando já estamos acostumados com a sede
Há o erro da células
O descomeço
E o fim da sede.
quinta-feira, 12 de novembro de 2015
Dias úteis / Vidas inúteis
A multidão inundada pela névoa
Parece-me mais clara e menos feia
Os transeuntes
Vestem uma cara serena e pacificada
O tráfego
Ondula num côro exausto e desafinado
O Rio parece um pátio
de loucos convertidos
Foi a neblina que os converteu
Foi esse falso cinzento de setembro
que mandou da atmsofera
a doce ilusão de que tudo vai bem.
sábado, 7 de novembro de 2015
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
Círculos
Para a estrada mais reta
Sonho o sonho mais rosa
Para a meta mais certa
O mundo é geométrico
A vida é uma fórmula
Viver é ousar no trapézio
e evitar as perpendiculares
O prazer é um ângulo oblíquo
A esperança, uma paralela infinita
E a felicidade, um teorema
Andar é preciso
Chegar é vital
Achar é fundamental
Mas eis que se foi o meu tempo
das retas
Foi de tanto andar
Que se curvaram as retas
Que se fecharam os círculos.
Assinar:
Postagens (Atom)