Hoje
Eu fiz uma fantasia
tão sinistra
quanto uma calamidade pública
tão secreta
quanto as dores quietas
de uma cabeça sózinha
nas guerras da noite.
Quis perder tudo
para voltar à origens
Perder o dinheiro
Perder a memória
Desesperar um desespero total
tão grande e tão absoluto
onde não sobrevivesse
o último facho de luz
de todas as minhas estúpidas esperanças
E aí
Rasgava as roupas
e livrava-me da minha importância
e do delírio
que me ensinaram a delirar
Procurava o mar
como quem procura Deus
fanática e alucinadamente
E sem saber nadar
encontraria finalmente o nada
e um útero fresco e estéril
para esquecer e repousar
Atônito... Foi a única palavra que consegui encontrar para descrever aquilo que "Doce Lar" provocou em mim. Obrigado por traduzir estes sentimentos de maneira tão completa e precisa. Sinto-me entendido. Abraços.
ResponderExcluirOi Leandro,
ResponderExcluirHá quanto tempo! Fico feliz que tenha gostado. Talvez volte para a Aliança do centro aos sábados no semestre que vem. Um grande abraço