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quinta-feira, 27 de julho de 2017

A revolução dos perfumes


Chegará o dia
Em que jovens odores 
Vão ondular no ar.

Novos eflúvios, aromas, olências e emanações
Modernas fragrâncias, recendências e bálsamos.



Sentiremos também feder o fungo da mágoa
A catinga, a pestilência,  a  inhaca,
o hircismo, a caxinga, o mutum, a graveolência e a fetidez das almas doentes. 

Chega de cheiros de  pênis e vaginas 
A alma tem que ter cheiros.

E não seriam novos se não tivessem
os indícios da alma
Na revolução
Saberemos exatamente de onde provem o odor.

Não adianta perfumar o corpo
se a alma fede
Se há alma 
Ela tem que ter cheiro
Chega do monopólio fascista do corpo.  

Quero o essencial para o meu olfato
Quero sentir o perfumoso buquê
E fugir da fedentina das almas podres. 

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