Chegará o dia
Em que jovens odores
Vão ondular no ar.
Novos eflúvios, aromas, olências e emanações
Modernas fragrâncias, recendências e bálsamos.
Sentiremos também feder o fungo da mágoa
A catinga, a pestilência, a inhaca,o hircismo, a caxinga, o mutum, a graveolência e a fetidez das almas doentes.
Chega de cheiros de pênis e vaginas
A alma tem que ter cheiros.
E não seriam novos se não tivessem
os indícios da alma
Na revolução
Saberemos exatamente de onde provem o odor.
Não adianta perfumar o corpo
se a alma fede
Se há alma
Ela tem que ter cheiro
Chega do monopólio fascista do corpo.
Quero o essencial para o meu olfato
Quero sentir o perfumoso buquê
E fugir da fedentina das almas podres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário