Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com as filas dos bancos
As buzinas dos carros
A estupidez dos passantes
A pressa dos perdidos
O alarido dos tontos
A violência tranquila
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com a indiferença
dos vizinhos
A ganância dos banqueiros
A podridão das almas
A loucura dos normais
O trabalho compulsivo
A proibição do grito
O progresso inútil
A coerção dos espíritos
A multidão histérica
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com a democracia
arbitrária
Os direitos feridos
O sadismo dos burocratas
Os crimes dos políticos
As cabeças doentes
A falta de sentido
O absurdo inchado
A injustiça feroz
As cartas marcadas
As alegrias compradas
O dinheiro psicopata
A fome dos inocentes
E a morte dos puros
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com esse zoológico
de ilusões
Esse faz-de-conta viciante
Fiquem com o circo do poder
E o horror de quem manda
Fiquem com tudo
Com os clitóris amputados
Com os homens-bomba
Com as bombas dos homens
Fiquem com a beleza que engana
E o prazer que escraviza
Com o hálito dos desesperados
E o sorriso dos falsos
Só vou sentir saudades
Do ritmo das manhãs
Da autoridade do sol
Do cheiro do café
E dos acenos da esperança.
Fiquem com tudo
Fiquem com as filas dos bancos
As buzinas dos carros
A estupidez dos passantes
A pressa dos perdidos
O alarido dos tontos
A violência tranquila
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com a indiferença
dos vizinhos
A ganância dos banqueiros
A podridão das almas
A loucura dos normais
O trabalho compulsivo
A proibição do grito
O progresso inútil
A coerção dos espíritos
A multidão histérica
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com a democracia
arbitrária
Os direitos feridos
O sadismo dos burocratas
Os crimes dos políticos
As cabeças doentes
A falta de sentido
O absurdo inchado
A injustiça feroz
As cartas marcadas
As alegrias compradas
O dinheiro psicopata
A fome dos inocentes
E a morte dos puros
Deixo-vos tudo
Fiquem com tudo
Fiquem com esse zoológico
de ilusões
Esse faz-de-conta viciante
Fiquem com o circo do poder
E o horror de quem manda
Fiquem com tudo
Com os clitóris amputados
Com os homens-bomba
Com as bombas dos homens
Fiquem com a beleza que engana
E o prazer que escraviza
Com o hálito dos desesperados
E o sorriso dos falsos
Só vou sentir saudades
Do ritmo das manhãs
Da autoridade do sol
Do cheiro do café
E dos acenos da esperança.
Poema© :JoaquimESTEVES
Linda poesia amigo feliz domingo
ResponderExcluirLinda poesia amigo feliz domingo
ResponderExcluirMuito obrigado, Raby. Tudo de bom pra vc.
ResponderExcluirQue emocionante ler isso!!! Parabéns!!
ResponderExcluirOlha só! Muito bonito e sincero. Escreva mais poemas. Você me falou de uma publicação, não foi?
ResponderExcluirBeijos muitos
Lindíssimo poema, e ultima estrofe em especial, amei. Parabéns!!
ResponderExcluirMaravilhoso poema, amei e em especial a última estrofe. Parabéns!!
ResponderExcluirMaravilhoso poema, amei e em especial a última estrofe. Parabéns!!
ResponderExcluirLindíssimo poema, e ultima estrofe em especial, amei. Parabéns!!
ResponderExcluirMaravilha Esteves. Bjs
ResponderExcluirObrigado Lilian. Um beijo
ResponderExcluirSinceramente, não quero nada disso!
ResponderExcluirEstamos à beira do abismo, nada mais queremos!
Gostei, obrigada!
Bom domingo, abraços
Maria Teresa
Belo poema !
ResponderExcluirVisceral e simples !
Obrigado.
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