.

.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

A indiferença do papel


Sempre suei livros
Sempre respirei palavras
Tenho nos olhos o sabor das tintas
Trago nos dedos o gosto do papel
O papel consente.

E de mulheres de papel
Fiz bacantes orgias
E de sonhos de papel
Fiz-me um futuro heróico
E com papel
Construí uma mansão arábica
de tesouros e quimeras
E em silêncio
O silêncio pressente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário